terça-feira, 22 de julho de 2008

"Eu sou o Caos"

Ontem fui ver o filme-pipoca Batman. Após um almoço na casa da minha avó, já não tinha lá muita coisa para fazer, fui então conferir a sessão das 15h no Shopping da Gávea. Eu e uma tropa da garotos de 11 anos de idade.

A única coisa que sabia do filme era que o ator Heath Ledger tinha destruído no papel desse sádico vilão. E outras coisas, tal como amigos que só assistem filmes cults do Irã, chegarem a me dizer que é um dos melhores filmes do gênero.

Logo na primeira cena percebi: Esse filme é impróprio para menores de 18 anos. Fiquei um pouco de pena daqueles garotos que foram ver um Batman achando que iam encontrar entretenimento assim, fácil. Também logo percebi que o meu almoço não ia digerir muito bem. O que se vê em 2 horas e tantas de filme, é uma trama tensa e densa. Diferente do tom sombrio-fantasia de Tim Burton, essa nova sequencia tem um "q" de realidade, sendo contudo mais "dark", um gótico contemporâneo. Eu acho que a palavra que resume o filme é: adrenalina. O coro come o tempo inteiro.

O sadismo do Coringa é impressionante. A crítica vem usando o termo "anárquico" para teorizar a essencia das ações do vilão, no entanto, o termo é mal utilizado. De qualquer forma, há alí um tom sociológico e porque não dizer psicológico, que move as sadices do caos. O Coringa não tem uma razão política, ele não quer dinheiro, nem vingança...ele quer brincar com a mesmiçe, com um mundo chato e cheio de regras. Ele quer ver o circo pegar fogo, não importa os meios.

O filme acaba. Ainda tenso, tento buscar alguma razão das minhas infantis mitologias de heróis para justificar porque gostei do filme. Afinal é aquela questão do herói x vilão de sempre. Pois é, mas deste filme, uma coisa de fato já me foi bastante marcante, o fim. O herói vence? Só neste fato, foi quebrada uma das principais regras dos filmes de entretenimento, o final feliz.

Os garotos saem do cinema calados. E uma frase parece não calar: Why so serious?

Percebe quem vence no final?

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