
Falar sobre gênios é muito difícil. Nem sei se conseguiria. É preciso consumir-los na sua essência. Como comer uma manga na mão. Sabe como é? Devorar. Eu não tenho noção de quanto esses mestres foram tão longe. Cada dia acho uma coisa mais impressionante que outra.
O materiais mais impressionantes, para mim, do pianista-gênio da arte de Keith Jarrett sem dúvida são os seus "monólogos" junto ao piano. Solo, ele entra no palco sozinho e parte para uma viagem sem fim. São intermináveis, as vezes amargos e as vezes tão suaves, solos de pura improvisão. É claro que também tem os clássicos.
De fato, é quando se vê e/ou se escuta Keith, a noção do quanto a técnica aliada ao sentimento pode elevar um tipo de comunicação, a sensação de transcedência é inevitável. A música cresce, parece que existem 200 músicos, mas é só ele e o piano. É emocionante vê-lo quase como médium, recebendo e/ou concebendo aquilo não explicável da arte.
Keith Jarret é bem achável nas lojas e na internet. Esse DVD, Tokyo Solo de 2002 tem uma música simplesmente fantástica; part 2e. Eu não a econtrei na internet. Achei do mesmo concerto, um dos dos clássicos do jazz que ele toca: Old Man River (veja inteira-vale a pena). Mas também achei uma versão que fez para Summertime que dispensa comentários.
Bom consumo!
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