
Os visonários me intrigam. Quem são essas pessoas? Em que mundo essas pessoas vivem? Tudo bem, é passível que se entenda que no passado existiam muito mais visionários pela centralização da informação e do conhecimento.
Mas e hoje? Nessa paranóia da informação na velocidade da luz. Na era do hiper, mega e do giga. O que é ser visionário nos dia de hoje?
De uma forma ou de outra já tem visionários ganhando muito dinheiro para levar outros visionários ainda mais longe. Já me falaram de algumas outras importantes consultorias de tendências, mas a tal da WGSN me impressionou. Tenho palestras com uma certa constância desse povo.
Tudo começou quando um certo visionário do meio de impressão e design, um tal de Marc Worth e seu irmão Julian, decidiram que o mundo da moda deveria ter informações de todo o planeta real-time. Como se existisse um Bloomberg ou uma Reuters da vida para tendências.
E assim os dois criaram então a WGSN. Hoje líder no segmento de pesquisas, análise de tendências e notícias para indústrias que vão muito além da indústria de moda. Hoje a WGSN tem cerca de 200 pesquisadores espalhados pelas principais capitais do mundo. São escritores, acadêmicos, jornalistas, fotógrafos, analistas e observadores que estão mapeando o comportamento das grandes cidades. Essa informação gera um banco de dados grotesco e extremamente rico. Tudo é mapeado, dos principais eventos de música às galerias de artes, de boates às pixações do bairro mais underground do extremo sul do Tokyo. De manifestações anti-alguma coisa à rodas de bate-papo entre amigos. Tendências são captadas na fusão desse caminhão de informações e analisadas por cabeças da sociologia do consumo.
O serviço é de consultoria e custa muito caro. Tem todo o tipo de plano, de uma simples senha para ter acesso a clipping jornalístico até dados já previamente customizados e contextualizados para as empresas. Em uma dessas palestras nos foi apresentado o comportamento do jovem no mundo. É impressionante. A noção de que vivemos no passado é real. E eu não saberei explicar nesse humilde post exatamente o que foi dito.
O que importa é que já existem empresas sabendo que tipo de produto vamos consumir daqui há 5 - 10 anos. Qual será o perfil de gerações que vai comprar determinados produtos. Empresas como Apple, Microsoft, Sony, Nokia, Renaut já desenvolvem produtos baseados em tendências de design e tecnologia que estão a décadas à frente do nosso tempo.
Recebi 0.01% das informações de uma dessas análises para 2009. Olhem só:
Perturbado
A proposta é abrir as portas para o pesadelo, para as imagens obscuras, bizarras e horripilantes. Fique de olho nos filmes de David Lynch, no Labirinto do Fauno de Guillermo del Toro e no som do Hierate Mich. Nas artes gráficas a atenção vai para as dissecações dos personagens de HQ, feito por Michael Paulus.
Elusivo A segunda macrotendência pede a experimentação que as estações do ano, as mudanças que a luz e o vento podem causar no ambiente. O som é da banda escandinava Adjágas e a arte é de Vik Muniz que trabalha com alimentos e materiais inusitados.
Curadoria As pessoas não se satisfazem mais pelas compras, elas têm escolhas responsáveis e se preocupam com a sustentabilidade. A arte gráfica de Alan Fletcher e o trabalho do joalheiro filipino Federico De Vera são os pontos altos desta tendência. Ouça Arcade Fire e assista Henry V com Laurence Olivier.
Novas Fronteiras Björk é a peça-chave deste tema. O seu pioneirismo musical e o novo cd Volta são o tom de arte experimental das novas fronteiras. Turismo no espaço, vegetais plantados no jardim de casa e o Second Life dividem espaço na nova vida do idoso, que faz academia, se veste como jovem e mantém uma vida sofisticada.
E eu até então não entendia porque o design do Ipod era tão inovador por só ter um botão.
Mas e hoje? Nessa paranóia da informação na velocidade da luz. Na era do hiper, mega e do giga. O que é ser visionário nos dia de hoje?
De uma forma ou de outra já tem visionários ganhando muito dinheiro para levar outros visionários ainda mais longe. Já me falaram de algumas outras importantes consultorias de tendências, mas a tal da WGSN me impressionou. Tenho palestras com uma certa constância desse povo.
Tudo começou quando um certo visionário do meio de impressão e design, um tal de Marc Worth e seu irmão Julian, decidiram que o mundo da moda deveria ter informações de todo o planeta real-time. Como se existisse um Bloomberg ou uma Reuters da vida para tendências.
E assim os dois criaram então a WGSN. Hoje líder no segmento de pesquisas, análise de tendências e notícias para indústrias que vão muito além da indústria de moda. Hoje a WGSN tem cerca de 200 pesquisadores espalhados pelas principais capitais do mundo. São escritores, acadêmicos, jornalistas, fotógrafos, analistas e observadores que estão mapeando o comportamento das grandes cidades. Essa informação gera um banco de dados grotesco e extremamente rico. Tudo é mapeado, dos principais eventos de música às galerias de artes, de boates às pixações do bairro mais underground do extremo sul do Tokyo. De manifestações anti-alguma coisa à rodas de bate-papo entre amigos. Tendências são captadas na fusão desse caminhão de informações e analisadas por cabeças da sociologia do consumo.
O serviço é de consultoria e custa muito caro. Tem todo o tipo de plano, de uma simples senha para ter acesso a clipping jornalístico até dados já previamente customizados e contextualizados para as empresas. Em uma dessas palestras nos foi apresentado o comportamento do jovem no mundo. É impressionante. A noção de que vivemos no passado é real. E eu não saberei explicar nesse humilde post exatamente o que foi dito.
O que importa é que já existem empresas sabendo que tipo de produto vamos consumir daqui há 5 - 10 anos. Qual será o perfil de gerações que vai comprar determinados produtos. Empresas como Apple, Microsoft, Sony, Nokia, Renaut já desenvolvem produtos baseados em tendências de design e tecnologia que estão a décadas à frente do nosso tempo.
Recebi 0.01% das informações de uma dessas análises para 2009. Olhem só:
Perturbado
A proposta é abrir as portas para o pesadelo, para as imagens obscuras, bizarras e horripilantes. Fique de olho nos filmes de David Lynch, no Labirinto do Fauno de Guillermo del Toro e no som do Hierate Mich. Nas artes gráficas a atenção vai para as dissecações dos personagens de HQ, feito por Michael Paulus.
Elusivo A segunda macrotendência pede a experimentação que as estações do ano, as mudanças que a luz e o vento podem causar no ambiente. O som é da banda escandinava Adjágas e a arte é de Vik Muniz que trabalha com alimentos e materiais inusitados.
Curadoria As pessoas não se satisfazem mais pelas compras, elas têm escolhas responsáveis e se preocupam com a sustentabilidade. A arte gráfica de Alan Fletcher e o trabalho do joalheiro filipino Federico De Vera são os pontos altos desta tendência. Ouça Arcade Fire e assista Henry V com Laurence Olivier.
Novas Fronteiras Björk é a peça-chave deste tema. O seu pioneirismo musical e o novo cd Volta são o tom de arte experimental das novas fronteiras. Turismo no espaço, vegetais plantados no jardim de casa e o Second Life dividem espaço na nova vida do idoso, que faz academia, se veste como jovem e mantém uma vida sofisticada.
E eu até então não entendia porque o design do Ipod era tão inovador por só ter um botão.
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