terça-feira, 10 de junho de 2008

ZORRA TOTAL



Num país em que os maiores contingentes da população foram expulsos precocemente da escola (fenômeno da evasão) ou a ela sequer tiveram acesso (fenômeno da exclusão) é inevitável que a televisão funcione como uma espécie de escola paralela.


Por isso mesmo, o nível cultural da nossa televisão corresponde ao medíocre coeficiente cognitivo da nossa população. Pretender elevar esse nível sem que as novas gerações sejam melhor educadas ou sem que os contingentes deseducados tenham chance de elevar sua formação intelectual é pura fantasia. Nada impede que as emissoras difundam programas de melhor qualidade, mas isto não significa que eles devam ser pautados pelas demandas das camadas da sociedade de conhecimento mais elevado.

História do pensamento comunicacional (Paulus Editora, 2003), de José Marques de Melo


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