sábado, 20 de setembro de 2008

Uma trilha para imaginacao.


A informacao nao e nova para quem conhece o universo do grande Heitor Villa Lobos. Mas acho que muitos ainda nao conhecem, por isso achei interessante trazer essa informacao.

Villa-Lobos ja estava no fim de sua vida, doente, quando executa a sua ultima obra. A Floresta do Amazonas foi escrita em 1958, sob encomenda da Metro Goldwin Mayer, para a trilha sonora do filme Green Mansions (A Flor que Não Morreu, no Brasil). Villa Lobos nao quis que as composicoes fossem criadas da forma tradicional, a partir do filme. O compositor entao as criou sem ver o filme. Nada mais natural dizer que muito pouco da musica foi aproveitada para a trilha final do filme.
O filme acabou sendo um fracasso de bilheteria, nao exatamente por isso. Entao Villa Lobos decidiu transformar a composição em uma suíte sinfônica, que gravou no Carnegie Hall de Nova York com solos da brasileira Bidu Sayão. Dividida em 20 movimentos, a obra final traduz em grandiosa linguagem musical os sons da floresta brasileira. Villa Lobos fez nada menos que um coral em lingua tupi. E fantastico!!

Pense bem, uma obra-prima sonora para um filme imaginario de Heitor Villa Lobos. O que o compositou deixou na verdade, foi a possibilidade de se criar um filme tendo como o roteiro a trilha sonora, uma relacao de inversa criacao. Isso nao e sensacional?! Cabera usarmos a nossa imaginacao para construir as cenas que estao no cerne da criacao de Villa Lobos.

Quem puder comprar esse disco, eu recomendo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

escreva!